12.13.2010

capitulo 2.
# joão ;

eles entraram de imediato, e dirigimo-nos os quatro á sala.
eu sentei-me com a patrícia num sofá, e o alex e a irmã noutro. reparei que ambos eram loiros, e bastante bem-parecidos. quer dizer, a rapariga era linda, agora o rapaz? deixava a caracterização dele para a patrícia, que pela cara dela, não se importava nada de o definir bem …

patrícia: então, de onde é que são? – disse, metendo conversa.
alex: lisboa, e vocês?
eu: porto.
patrícia: é – sorriu, tímida.

eu achei estranho aquele contacto imediato que a patrícia teve com o alex, mas também não podia falar muito, porque apesar de só os ter conhecido á poucos minutos atrás, já estava de olho na irmã dele.

patrícia: e tu, como te chamas ? – olhou para a irmã do alex.
catarina: chamo-me catarina, prazer. – sorriu para mim e a patrícia.
eu: bem, eu sou o joão e ela é a patrícia – apontei para a minha irmã.
alex: e já estão as apresentações feitas.
patrícia: é, já nos conhecemos todos.
eu: é, até já podemos indo planear o natal – disse num tom irónico.

a catarina soltou uma gargalhada abafada, mas a patrícia e o alexandre nem se deram ao trabalho de responder. já estavam ocupados de mais a trocar olhares e sorrisos, como se se tivesse apaixonado logo á primeira vista.
eu: estamos aqui a mais – pisquei o olho á catarina.
catarina: parece que sim – sorriu novamente.
patrícia: há ? – disse, confusa.
eu: esquece maninha, continua o que estavas a fazer – sussurrei-lhe ao ouvido.

ela sorriu para mim, vermelha, e eu retribui-lhe o sorriso. se pudesse ouvir-lhe secretamente os pensamentos, com certeza estava a dizer repetidamente para si mesma que o rapaz a quem estava a mandar olhares era lindo, perfeito. eu soltei uma gargalhada, quando me ocorreu aquela ideia, e não sei porquê mas acho que ela reparou que estava a pensar nela, pois olhou de imediato para mim com uma expressão estranha, que fazia várias vezes quando eu a envergonhava. (tenho esse hábito)

eu: alguém tem fome ? – cortei o clima.
alex: por acaso tenho um bocadinho – remexeu novamente no cabelo, ainda húmido – isto de viajar é assim.
catarina: eu passo, obrigada.
eu: então vamos comer qualquer coisa, e depois apresento-vos a casa.

todos concordaram. levantamo-nos dos sofás, e dirigimo-nos á cozinha para comer. já era cinco da tarde, e já tinha um bocado de fome.
fui ao frigorífico e tirei tudo o que havia lá de bom, como chocolates, bolos e essas coisas que a patrícia nem podia ver á frente, quando eu as comprava.
eu: o quê que querem ? – olhei para todos.
alex: esse bolo, ai – apontou para uma fatia de um bolo de chocolate.
catarina: bããã, eu também como um bocado – piscou-me o olho, tímida.
patrícia: eu quero um pão.

tanto eu como o resto do pessoal ficou a olhar para ela com espanto. ela rapidamente corou mais uma vez, e sorriu para todos, enquanto preparava o pão .
estávamos todos a comer, até que de imediato acabamos.

eu: bem, venham ver a casa – disse, apontando para o corredor principal.
alex: oquei, vamos lá.
eu: este é o corredor, ali é a sala, e já vimos a cozinha – apontei para os sítios, á medida que falava.
catarina: e onde vamos dormir ?
eu: por aqui, andem.
de imediato dirigi-os para o que ia ser o quarto dos dois. não era muito grande. tinha outro beliche, tal como o meu e o da patrícia. tinha as paredes brancas, e um armário de madeira clara, tal como o resto do mobiliário.

alex: bem, eu adoro.
catarina: sim, eu também. – continuou.
eu: também, não tinham outra opção senão gostar. – sussurrei ao ouvido da patrícia.

ela  rapidamente me deu uma cotovelada, e abanou com a cabeça como quem quer dizer ‘não, pára’. ela já previa que eu daria uma resposta daquelas, sou demasiado impulsivo para conter as minhas respostas, e ela sabia melhor do que ninguém disso.

eu: ai, também, desculpa – sussurrei á patrícia.
patrícia: vamos ver o resto da casa ? – sorriu para os inquilinos.
alex: por mim tudo bem.
catarina: por mim é igual, vamos lá.
patrícia: e isto é o meu quarto e o do meu irmão – dirigiu-se até ao seu quarto.
alex: ó meu deus – fez cara de surpreendido.
catarina: tens a certeza que isto é o vosso quarto ?

a verdade é que o quarto mais parecia uma biblioteca. a patrícia era obcecada por livros, e todos os dias comprava um novo. passava horas a lê-los, sem nunca se cansar.
o quarto estava cheio deles. ou nas prateleiras, nas secretárias, em cima da cama, no chão (…) mais de metade do quarto era só dela e dos seus livros. eu apenas tinha encostado á parede a minha guitarra acústica, e uns quantos livros da escola.

patrícia: desculpem a desarrumação – disse, num tom tímido – sim, este é o meu quarto.
eu: barra biblioteca pessoal – pisquei o olho.
catarina: isso é uma guitarra ?
eu: sim, é minha – disse, com orgulho – porquê ?
catarina: eu adoro guitarras – fez um ar tímido.

eu imediatamente pensei : ‘mais um ponto para mim’. (a)
# patrícia ;

o joão interrompeu os meus pensamentos, quando se afastou para o lado e os deixou entrar.
eu e o joão sentamo-nos num sofá, e o alexandre e a catarina noutro. eles eram tão bem parecidos. pareciam dois anjos, loiros. perfeitos. quer dizer, o alexandre era lindo, agora a rapariga? era quase a versão dele, mas em feminino.
eu: então, de onde é que disseram que são? – tinha que meter conversa, senão ninguém falava.
alex: lisboa, e vocês?  - sorriu, o que me fez ficar ainda mais babada por ele.
joão: porto – sorriu para a rapariga.
eu: é – deu-me um ataque de timidez, sem razão aparente.

ele observava-me. novamente. foi como se algo dentro de mim tivesse uma enorme vontade de sair para fora. devia estar colado a olhar para ele quase há cinco minutos, sem nunca desviar o olhar. ele atraía-me de uma forma incrível. oquei, estávamos colados um no outro.
o joão seguiu o meu olhar, deparou-se com o alexandre a olhar para mim. soltou um risinho e voltou-se de novo para mim. quebrei o ligamento com o alex e olhei para ele. a cara dele demonstrava uma enorme confusão, como se tentasse entender o que se passava comigo. ou como se tentasse perceber o porquê do contacto que tivera logo com o alexandre. ele soltou outro riso, e abanou a cabeça como se não acreditasse no que tinha acabado de pensar.

eu: e tu, como disseste que te chamavas ? – olhei para a rapariga.
catarina: chamo-me catarina, prazer. – sorriu.
joão: bem, eu sou o joão e ela é a patrícia – apontou para mim, á medida que falava.
alex: e já estão as apresentações feitas – ironizou o alex.
eu: é, já nos conhecemos todos – olhei para ele.
joão: é, até já podemos indo planear o natal – concluiu.
a catarina soltou um riso abafado, mas eu nem me dei ao trabalho de tal. desta vez, ele observava-me mesmo. e sorria, sorria mesmo. não eram aqueles sorrisos que as pessoas mandavam apenas por mandar, ele sorria porque, bem, porque sorria. passados alguns segundos, esbocei o melhor sorriso que podia, e o dele alargou-se mais. parece que nós estávamos a ter uma “cena”. não sei explicar, mas sabia mesmo bem.

joão: bem, parece que estamos aqui a mais. – exclamou o joão piscando o olho á catarina.
catarina: parece que sim. – sorriu.
eu: ha? – estava confusa. só tinha apanhado a palavra «a mais».

o joão aproximou-se mais de mim e sussurrou-me ao ouvido:

joão: esquece, irmã. continua a fazer o que estavas a fazer. – senti um sorriso a aflorar-lhe os lábios.

sorri-lhe. senti a pele da minha cara ficar vermelha, e ele alargou o sorriso. às vezes parece que ele me conseguia ler os pensamentos. mas neste momento tenho quase a certeza que ele estava a pensar que eu devia estar a ficar doida por me ter colado no rapaz. ele soltou uma gargalhada e olhei para ele imediatamente. sim, ele estava mesmo a pensar naquilo. fiz um sorriso travesso. ele adorava este sorriso.

joão: alguém tem fome? – perguntou, enquanto olhou novamente para o grupo.
alex: eu por acaso, tenho um pouco. isto de viajar deixa-me esfomeado. – novamente, foi o
alexandre o primeiro a responder.
catarina: eu passo – exclamou, tímida.

o joão levantou-se e encaminhou o caminho aos outros, deixando-me a mim para trás. meu deus, o que raio é que tinha acabado de acontecer? devo mesmo estar a ficar doida.
ele tirou tudo o que tínhamos no frigorífico: bolos, chocolates, sumos, todas aquelas coisas que eu nem sequer imagino ver-me a comer !

joão: o que é que querem? – perguntou ele enquanto lançava um olhar penetrante a um bolo de chocolate.
alex: eu sou capaz de comer aí uma fatia dessa delícia.
catarina: bããã, eu também como um bocado – exclamou, tímida.
eu: eu quero um pão. – um pão? a sério, disse mesmo um pão? estas pessoas ainda vão pensar que estas a fazer dieta ou qualquer coisa parecida.
sim, ficou toda a gente a olhar para mim espantada. lancei um sorriso a todos, enquanto ia buscar uma faca e preparava o pão. eu era assim tão estranha para o joão estar a tremer de riso? bem, provavelmente, era.
estávamos todos a comer, mas rapidamente estávamos a terminar.

joão: bem, vamos ver a casa?

como se comer, já fosse uma tarefa já mecanizada, terminamos e começamos a andar atrás do joão.

joão: aqui, é o corredor, ali é a sala, estivemos agora na cozinha… - ele dizia isto como se a casa fosse grande, e a verdade é que era um bocado.
alex: e, hum, onde é que dormimos?
eu: aqui, venham comigo – respondi de imediato.

apressamo-nos e entramos num quarto. eu conhecia bem este quarto, afinal de contas nesta última semana tinha estado ali a ajeitar tudo, a limpar. era um bom quarto; tinha as paredes brancas, uma beliche como eu tinha no meu quarto, quer dizer, o meu quarto e o do joão, tinha um armário claro, como toda a mobília daquele quarto.

alex: bem, eu adoro. – sorriu directamente para mim
catarina: sim, eu também.
joão: não tinham outra opção senão gostar – cruzou os braços.

dei-lhe uma pancada como se lhe pudesse dizer para parar. ele deve ter percebido, porque fez-me um sorriso travesso. sim, eu sei como ele é, todo impulsivo e irónico. devo ser a única pessoa neste mundo que o entendia.
eu: bem, vamos continuar? – perguntei.
alex: sim, claro. – respondeu o alexandre.

começamos a andar.

eu: aqui é o nosso quarto. – apontei para mim e para o joão e depois para o quarto.
alex: haa? ó meu deus. isto é um quarto? – perguntou, surpreendido.

pois, era verdade. aquilo não parecia bem um quarto, parecia mais uma mini biblioteca. eu amava ler. depois da psicologia devia ser a única coisa que eu amava. comprava livros todos os dias, lia-os a toda a hora. tinha livros em cima da cama, em cima da secretária, nas prateleiras, no chão (...) o quarto era mais meu do que dos dois. honestamente, eu nem sabia como é que o joão suportava ter apenas uma guitarra encostada a um canto, ele compreendia-me melhor que ninguém e não se queixou à medida que ia trazendo livros para o quarto.

eu: pois, haa, desculpem-me pela desarrumação. – desculpei-me timidamente. – sim, este é o meu quarto.
joão: barra biblioteca pessoal. – continuou a ironizar cada vez mais.
catarina: aquilo ali é uma guitarra? – apontou a catarina para um ponto ao fundo do quarto.
joão: sim, é minha. – respondeu, timidamente.
catarina: eu adoro guitarras. – cantarolou ela.

o joão sorriu. haha, apostava quase todo o meu dinheiro em como por dentro, ele estava a saltar de alegria.


continua ...

comentem e sigam, sim ? (ã)

8 comentários:

Anónimo disse...

muito windo :$
amo-te sempre melhor amigo «3





joãoqueirós.
disse...

obrigada.
amo-teeeeeeee! $:

anne disse...

já sabes que eu adoro e que estou ao ponto de te esganar para publicares a historia toda de uma vez *-*
amo-te (vos) ♥





joãoqueirós.
disse...

isso não vai acontecer, sofia, acorda para a vida . (a)
amo-te muito !

anne disse...

eu depois conto-te um segredo (AA)
amo-te mais





joãoqueirós.
disse...

vais tentar terapia de choques ? *-*
não amas . o:

anne disse...

não o;
amo sim ó pequenino $;

Joana Martins disse...

sim sigo XD